© Gonçalo Tocha

GONÇALO TOCHA – É na Terra não é na Lua

CCL – Centro Cultural de Lagos
Qui 8 AGO, 21h30

Um operador de câmara e um técnico de som chegam ao Corvo em 2007, a ilha mais pequena do arquipélago dos Açores.
O Corvo é um grande rochedo de 6 quilómetros de comprimento por 4 de largura em pleno oceano Atlântico, com uma cratera de vulcão, e uma única vila habitada por 440 pessoas. Pouco a pouco, a pequena equipa de filmagens vai sendo aceite pela população da ilha, mais duas pessoas a juntar-se a uma civilização com quase 500 anos, cuja história é difícil reconstruir, tal é a falta de registos e memórias escritas.
Filmado a um ritmo vertiginoso durante alguns anos, auto-produzido entre chegadas, partidas e regressos, É na Terra não é na Lua ergue-se como um diário de bordo de um navio e transforma-se numa manta de retalhos de descobertas e experiências, acompanhando a vida quotidiana de uma civilização isolada no meio do oceano.
É o filme de uma longa odisseia atlântica, dividido em 14 capítulos, que mistura registos antropológicos, literatura, arquivos perdidos, e histórias mitológicas e autobiográficas.

Realização, Fotografia, Montagem, Voz, Produção: Gonçalo Tocha
Som, Banda-Sonora, Voz: Didio Pestana
Montagem: Rui Ribeiro, Catherine Villeret
Pós-Produção Vídeo: Sérgio Aragão
Colorista: Ignacio Ribera
Mistura de Som: André Neto
Apoio à Pós-Produção: Tobis Portuguesa, barca13
Apoio à Rodagem: Nucivo-FLUL Associação Festa Redonda
Estreia Mundial: Festival Locarno 2011

Menção especial do júri – Festival de Locarno 2011
Prémio melhor filme na competição internacional – Festival Doclisboa 2011
Prémio melhor filme “Cine del Futuro” – BAFICI 2012
Prémio melhor documentário – San Francisco International Film Festival 2012
Prémio melhor filme – DocumentaMadrid 2012

GONÇALO TOCHA (Lisboa, 1979) Cineasta e músico. Nasceu em Lisboa, neto de Açorianos. Tirou curso e pós-graduação de Língua e Cultura Portuguesa na Faculdade de Letras de Lisboa em 2003 e foi professor de português para estrangeiros. Auto didacta em Cinema. Na universidade criou e fundou em 1999 o NuCiVo (Núcleo de Cinema e Vídeo FLUL) onde foi responsável pela sua programação e produção durante 6 anos. Membro do projecto dostoprimetchajlnosti (Berlim, 2002) onde realizou o seu primeiro vídeo.
Trabalhou como videasta para teatro (companhias Truta, Grupo Teatro de Letras) e música (Deolinda, Bandarra). Fez a sua primeira curta metragem em 2006, Bye bye my blackbird, para o festival Mediawave na Hungria. A sua primeira longa Balaou (2007), filme de homenagem à sua mãe rodada em São Miguel, foi vencedor do Melhor Filme Português e Melhor Fotografia em Filme Português no Indielisboa 2007. Balaou passou pelos festivais de Vancouver, Viennale Buenos Aires (BAFICI), Belo Horizonte, Nova Zelândia e foi exibido na RTP2, RTPinternacional e no canal franco-alemão ARTE.
A sua segunda longa-metragem É Na Terra Não É Na Lua (2011), rodado na integra na Ilha do Corvo, teve estreia mundial no Festival de Locarno 2011, onde obteve uma menção especial do júri. Obteve mais 4 primeiros prémios: no Doclisboa 2011 (melhor filme na competição internacional), no BAFICI 2012 (melhor filme “Cine del Futuro”), San Francisco Int. Film Festival 2012 (melhor documentário), DocumentaMadrid 2012 (melhor filme) e foi ainda exibido em cerca de 40 festivais internacionais.
É Na Terra Não É Na Lua teve estreia comercial em Portugal (Porto e Lisboa) e estreia comercial em Nova Iorque, durante uma semana, no Anthology Film Archives. Em 2012 foi convidado a realizar mais dois filmes, um para a Capital Europeia da Cultura – Guimarães 2012 com o titulo Torres & Cometas e que teve estreia internacional no Festival Internacional de Roterdão 2013 e outro para o programa Estaleiro do Festival de Curtas de Vila do Conde, sobre as mulheres pescadeiras de Vila Chã, a estrear ainda durante 2013. Enquanto músico e compositor já compôs para teatro e cinema.
Foi membro fundador e compositor dos Lupanar (2001-2006), banda de música moderna portuguesa, com álbum editado em 2005, partilha com Didio Pestana os TOCHAPESTANA, um super power duo, onde é vocalista. É DJ em vinyl de raridades enquanto Rubi Tocha e cantor romântico a solo, inspirado pelos clássicos, enquanto Gonçalo Gonçalves.