© Pablo Fidalgo Lareo

PABLO FIDALGO LAREO – Habrás de ir a la guerra que empieza hoy

CCL – Centro Cultural de Lagos
Sex 23 OUT, 21h30

A mi querido hermano Manolo, con la añoranza de los años y la distancia.

Esta dedicatória num manual de origami intitulado Papirozoo que Pablo Fidalgo Lareo encontra numa estante em sua casa é o início de Habrás de ir a la guerra que empieza hoy. O início de um processo de reconstrução da história da sua família e de Espanha. O início de um encontro com a figura fascinante do seu tio-avô Giordano Lareo: encarcerado durante a guerra civil, exilado depois de escapar in extremis à execução, e também professor, tradutor, tesoureiro da República em exílio, representante da Nestlé na Patagónia, inventor de um sofá-cama e autor do primeiro manual de origami na Argentina.
Nesta peça, que é ao mesmo tempo um encontro e a última dança, damos vida a Giordano Lareo. Argentina, a terra do exílio, converte-se assim no lugar onde nos preparamos para a guerra, onde pomos a salvo as ideias, onde educamos o olhar para uma paisagem infinita que nos acompanhará até o final.


Direcção e texto: Pablo Fidalgo Lareo
Interpretação: Cláudio da Silva
Desenho de luz: José Álvaro Correia
Espaço sonoro: Coolgate
Técnico: Nuno Figueira
Apoio artístico e produção: Amalia Area
Aconselhamento artístico: Cláudia Dias
Produção e difusão: Carla Nobre Sousa / Materiais Diversos
Co-produção: Teatro Municipal Maria Matos (LX), Festival TNT (Terrassa), Festival BAD (Bilbao), Festival de Otoño a Primavera (Madrid)
Com o apoio de: Espaço Alkantara (LX), Museo de Arte Contemporánea de Vigo (MARCO)
Apresentado em Portugal com o apoio de: Mostra Espanha 2015


Pablo Fidalgo Lareo (Vigo, 1984) é escritor, criador teatral e comissário independente.
Publicou os livros de poemas La educación física (2010), La retirada (Prémio Injuve 2012) e Mis padres: Romeo y Julieta (2013). Os meus pais: Romeu e Julieta será publicado em português pela Averno. Uma antologia da sua obra foi publicada na Argentina com o título Contra mí vivíamos mejor (2014).
Apresentou o seu trabalho em Espanha, Portugal, Itália, Polónia, Brasil, Argentina, Chile e Uruguai. Criou recentemente a peça teatral O estado salvaxe (2013) e participou no projecto PANOS (2015).
Dirige o projeto MARCO Escena em Vigo e é director artístico do Festival Escenas do Cambio em Santiago de Compostela. Vive em Lisboa desde 2013.