Verão Azul, Maré Negra?

Bem vindos, uma vez +, a um dos melhores festivais independentes europeus de artes performativas, segundo a revista digital GPS – Global Performance Soul (www.globalperformancesoul.weebly.com).
Batemos no número mágico, o sétimo Verão Azul, já vai longo o tempo de construção de um universo, ou + – isso, mas ao contrário do outro, ao sétimo dia não paramos para descansar…

7 anos a bater com a cabeça na parede e os corpos uns nos outros.
7 anos a nadar contra a corrente… e por vezes nem por isso, por vezes a deixarmo-nos à deriva, mas este ano literalmente contra a maré.
A maré negra que parece que aí vem de buggy*, em forma de buracos no chão na busca da próxima tacada de ouro negro. Contra a maré, temos desta feita, entre nós, mais uma mão cheia de guerreiros da resistência cultural, deuses da música, fotografia, performance, teatro, dança, vídeo e cinema.

Todos imediatamente de joelhos e de cú para o ar para adorar André Uerba, André Príncipe, Andrej Djerkovic, Black Bombaim, Bill Domonkos, Claúdia Dias, Colin Stetson, Helena Inverno e Verónica Castro, Joana Sá, Les Rockoeurs, Live Low, Marco Martins, Nathalie Mansoux, Patrícia Almeida, Rodrigo Amado, Silvia Real / Grupo 23, Vasco Célio, Vera Mantero.

Há pouco tempo lemos no livro da Kim Gordon uma frase que Greil Marcus, crítico de rock, citava muitas vezes, e que nos soou absolutamente maravilhosa e talvez a melhor definição de arte alguma vez encontrada até hoje: As pessoas pagam para verem as outras acreditarem em si mesmas.
Maré Negra ou Verão Azul?

Vossos
Ana Borralho & João Galante e casaBranca

*buggy – carro de golfe utilizado para se deslocar no campo