© Miguel Bonneville

MIGUEL BONNEVILLE – A Importância de Ser Alan Turing

RESIDÊNCIA DE CRIAÇÃO
7 > 15 SET

APRESENTAÇÃO INFORMAL
15 SET, 19h00
Teatro das Figuras - Pequeno Auditório

Bonneville prossegue o seu projecto de espectáculos em série sobre as vidas e obras de artistas e pensadores cuja importância tem sido vital no seu percurso artístico.

Nesta nova criação toma como ponto de partida Alan Turing – matemático, criptoanalista e cientista da computação de primeira geração. Turing é mais conhecido por ter ajudado a decifrar os códigos da máquina alemã Enigma durante a Segunda Guerra Mundial, evitando que a guerra se prolongasse por mais tempo.
Foi influente no desenvolvimento da ciência da computação e na formalização do conceito de algoritmo, com a máquina de Turing, desempenhando um papel importante na criação do computador moderno.

Foi também pioneiro na proposta da inteligência artificial.
A Importância de Ser Alan Turing envolve um olhar obsessivo sobre o corpo e, em particular, a forma como a cultura ocidental tem fornecido material para o gesto, a expressão, a identificação e a fantasia, à medida que continuamente se criam e recriam os corpos e a maneira como se identificam.

Bonneville procura debruçar-se sobre a forma como todos nos encenamos e, consequentemente, encenamos os nossos corpos, cada vez mais através da nossa relação com a tecnologia – posicionando o corpo (humano) como lugar de encontro prostético da tecnologia e da subjectividade social.

Miguel Bonneville é o primeiro criador em residência que, pouco antes de estrear, traz o tema da inteligência artificial e da tecnologia ao palco, e partilha estas questões depois de um período pandémico.

Bonneville tem uma relação íntima com personagens reais da História e uma forma muito particular de as chamar aos seus imaginários cénicos.
É acompanhado, nesta criação, pela artista sonora Clothilde e pela sua panóplia de instrumentos, muito semelhante a um computador do início do século passado.

No final da residência haverá uma apresentação informal da criação e um momento público de conversa aberta sobre o objecto e o seu processo.


Direcção, Música Original, Texto e Interpretação: Miguel Bonneville
Co-Criação, Música Original e Interpretação: Clothilde
Figurinos: Mariana Sá Nogueira
Cenografia: Nuno Tomaz
Desenho e Operação de Luz: Nuno Patinho
Operação de Som: José Veiga
Fotografia / Design: Joana Linda, Miguel Bonneville
Prefácio: João Manuel de Oliveira
Design / Publicação: Ilhas
Assessoria de Imprensa: Sara Cunha
Apoio à residência: Arte Total / Guelra – Laboratório de Criação Coreográfica, Teatro Cão Solteiro, Voarte / Soudos – Espaço Rural de Artes e AAC-Soudos
Apoio: Fundo Cultural SPA
Coprodução: Festival Circular, casaBranca AC – Festival Verão Azul / Teatro das Figuras
Produção: Teatro do Silêncio

O Teatro do Silêncio é uma estrutura financiada por República Portuguesa – Cultura / Direcção Geral das Artes e pela Junta de Freguesia de Carnide

Miguel Bonneville (Porto, 1985) concluiu os cursos de Interpretação na Academia Contemporânea do Espectáculo (2000-03), Artes Visuais na Fundação Calouste Gulbenkian (2006), Autobiografias, Histórias de Vida e Vidas de Artista no CIES-ISCTE (2008) e Arquivo – Organização e Manutenção no Citeforma (2013), Sewing ideas, Magestil (2013), e Cyborgs, Sex and Society na FCSH (Lisboa, 2016).

Fez parte do núcleo de artistas da estrutura artística EIRA (2004-06) e da Galeria 3+1 Arte Contemporânea (2009-13).
Contemplado em 2015 com o prémio Ex Aequo pela performance Medo e Feminismos em colaboração com Maria Gil e com A Importância de Ser Simone de Beauvoir.

Através de performances, desenhos, fotografias, música e livros de artista, Miguel Bonneville introduz-nos a histórias autobiográficas centradas na destruição e reconstrução da identidade.

Apresenta o seu trabalho em galerias de arte e festivais nacionais e internacionais, sobretudo os projectos Family Project e Miguel Bonneville, nomeadamente em Espanha, Alemanha, Polónia, Estónia, Itália, Argentina, Brasil, EUA e China.

Colabora regularmente com artistas como Carlota Lagido, David Bonneville, Sónia Baptista, Joana Linda, Joana Craveiro e Maria Gil, tendo colaborado também com Francisco Camacho, Teatro Praga, La Ribot, AVaspo, entre outros.

Foi artista residente no Sítio das Artes, no CAMJAP, na Fundação Calouste Gulbenkian (Lisboa, 2007), no Homesession (Barcelona, 2008), no Mugatxoan na Fundação de Serralves (Porto, 2010), no Festival Transeuropa 2012 (Hildesheim, 2012) e na Arts Printing House (Vilnius, 2013), Arte y Desarrollo (Madrid, 2014) and Azala (Lasierra, 2014).
Dirige, esporadicamente, formações de composição performativa autoral em diferentes estruturas nacionais e internacionais.