© Pauliana Valente Pimentel

PAULIANA VALENTE PIMENTEL – Faro Oeste

RESIDÊNCIA DE CRIAÇÃO
1 > 11 OUT, Faro e Loulé

MASTERCLASS
5 OUT, 18h00 - Associação 289, Faro
+ info e inscrições AQUI

Pauliana Valente Pimentel começou a retratar algumas famílias ciganas algarvias em 2019, sobretudo na zona de Castro Marim e Vila Real de Santo António – fascinada pelo modo como estas famílias mantêm as suas tradições centenárias e o seu registo nómada.

As comunidades ciganas em Portugal continuam a ser discriminadas e a viver à margem da sociedade, com condições de habitação pobres, níveis de escolaridade baixos e taxas de desemprego altas – alerta um relatório do Conselho da Europa divulgado em Janeiro de 2020.

Nesta residência, Pauliana pretende continuar a retratar estas comunidades no Algarve, abrangendo agora as zonas de Loulé e Faro.
Com este trabalho, a fotógrafa visa mostrar o dia-a-dia destas famílias, dando enfase às suas tradições, com o objectivo de combater preconceitos e estereótipos racistas e xenófobos dos quais estas comunidades são constantemente alvo.
Os resultados desta residência darão lugar a uma exposição a ter lugar na edição do Festival Verão Azul em 2021.


Pauliana Valente Pimentel nasceu em 1975 em Lisboa, cidade onde ainda vive, trabalhando, no entanto, um pouco por todo o mundo.

Como artista visual e fotógrafa freelancer faz trabalhos de foto-reportagem desde 1999 para diversos jornais e revistas, assim como exposições individuais e colectivas em Portugal e no Estrangeiro – Espanha, Itália, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Turquia, EUA, China, Marrocos e Cabo Verde.

Em 2005 participou no curso de fotografia do Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística. Pertenceu ao colectivo [Kameraphoto] desde 2006 até à sua extinção em 2014. Em 2016 funda o colectivo N’WE.
É professora de Fotografia Autoral nas escolas Restart e Etic e lecciona workshops de “Narrativas fotográficas” com regularidade.

Em 2009 foi publicado o seu primeiro livro de autora VOL I, pela editora Pierre von Kleist, Caucase, Souvenirs de Voyage, pela Fundação Calouste Gulbenkian em 2011 e em 2018 Quel Pedra pela Camera Infinita, Narcisismo das Pequenas Diferenças pelo Arquivo Municipal da Câmara de Lisboa. Realizou também diversos filmes: Diz-se que Portugal é um bom país para se viver (2011), Youth of Athens (2012), Entre Nous (2014), Quel Pedra (2014), Al Bidayer (2017).

Em 2015 recebeu o prémio de Artes Visuais do melhor trabalho fotográfico do ano, The Passenger pela Sociedade Portuguesa de Autores. Em 2016 foi nomeada para o Prémio “NOVO BANCO Photo”, pela série The Behaviour of Being, tendo apresentado Quel Pedra no Museu Berardo.

Esteve, durante 5 anos, representada na Galeria 3+1 Arte Contemporânea e 7 anos pela Galeria das Salgadeiras em Lisboa. Actualmente pertence à Galeria Sala 117 no Porto, e colabora com diversas galerias nacionais e internacionais.

Parte da sua obra pertence a coleccionadores privados e institucionais, tais como Fundação Calouste Gulbenkian, Partex, Fundação EDP, MAAT e NovoBanco.