TEMPO – Teatro Municipal de Portimão Qui 22 OUT, 10h00 + 14h30 PARCERIA / CO-APRESENTAÇÃO TEMPO – TEATRO MUNICIPAL DE PORTIMÃO Público Alvo: Jovens a partir dos 13 anos e público em geral
No início era eu e uma marioneta num espaço vazio. Era eu a descobrir o que esta marioneta era capaz de fazer. Com a insistência e a repetição,compreendi que era a própria marioneta que (se) estava a descobrir. Percebi então que este era um solo sobre um solo.
Esta peça de marionetas é animada por uma questão: será que é possível representar o que acontece quando nos fechamos sozinhos numa sala de ensaios, num atelier com o objectivo de criar uma coisa nova? O que se descobre e o que se inventa nesta quimera? O que é que já lá estava? O que regista a caixa negra? Estaremos realmente sozinhos quando estamos em cena a solo? De que nos serve o que vivemos, lemos, sonhamos, desejamos, tememos…
De que nos serve o que já foi feito por outros, noutros tempos e noutros lugares? É também sobre o papel da memória enquanto processo de evocação que se relaciona com a vida a acontecer (um processo de descoberta) de que nos fala esta peça. O assunto é eventualmente demasiado sério, felizmente está em boas mãos – está ao cuidado de uma marioneta.
Igor Gandra
Encenação, Cenografia e Interpretação: Igor Gandra
Música: Carlos Guedes
Desenho de Luz : Rui Maia
Assistência de Encenação: Carla Veloso
Vídeo de Cena: Conceito – Igor Gandra / Imagem e Edição – Riot Films
Manipuladores: Carla Veloso, Eduardo Mendes, Fátima Fonte, Hernâni Miranda
Realização Plástica: Eduardo Mendes e Hernâni Miranda
Fotografia de Cena: Susana Neves
Direcção de Montagem: Hernâni Miranda
Montagem e Operação de Luz: Mariana Figueroa
Operação de Som: João André Lourenço ou Carla Veloso
Confecção de Figurinos: Ana Ferreira
Produção: Teatro de Ferro
Estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Secretário de Estado da Cultura / DGArtes
O Teatro de Ferro surgiu em 1999. Criado inicialmente como um rótulo para as criações de Igor Gandra e Carla Veloso, o projecto foi evoluindo gradualmente para a condição de estrutura profissional de criação. A escolha deste nome – Teatro de Ferro – pressupõe uma noção de matéria primordial, resistente e ao mesmo tempo mutável: este processo de transformação continua a inspirar-nos. O trabalho da Companhia tem sido desenvolvido no campo do teatro de e com marionetas e objectos. Concebemos a nossa prática numa lógica de investigação em que a marioneta tem assumido um valor matricial, nas suas hibridações possíveis, tentadas e tentadoras. As relações do corpo-intérprete com o objecto manipulado e a implicação de cada espectador na construção desta relação, são linhas de reflexão transversais à prática artística do TdF.