© José Ramos

JOÃO FIADEIRO – I Am Here_Restos e Rastos

A partir da peça I Am Here (2003), construído em torno do imaginário e corpo de trabalho de Helena Almeida

Centro Cultural de Lagos
Sáb 21 OUT, 21h30

Dança / 2017 / 40' / M12

Habitar. Entrar por uma casa adentro (ou por um corpo, um som, um pensamento…), misturar-me, diluir-me, camuflar-me, como se já lá estivesse estado, como se nunca de lá tivesse saído… eis uma sensação que me toca e move enquanto coreógrafo. Em I Am Here a casa que me acolheu foi o imaginário de Helena Almeida, uma artista com a qual partilho o desejo de permanecer na fronteira do visível, do tangível e do possível.

© Patrícia Almeida

I Am Here_Restos e Rastos pertence a uma série de projectos de reaproximação que tenho estado a fazer em relação à obra I Am Here. É a proposta que mais se aproxima da versão original, não só porque volta ao palco e recupera uma relação frontal com o espectador, mas porque o convoca a experimentar a peça a partir da sua premissa inicial: de me olhar enquanto desapareço.


De e com: João Fiadeiro
Direcção Técnica: Mafalda Oliveira
Direcção de Produção: Rita Faustino
– Ficha Técnica original –
Espaço cénico: Walter Lauterer
Desenho de luz: Daniel Demont
Desenho de som: Arnold Haberl
Som: Helena Almeida (extrato de “Olha-me…”, 1979)
Assistentes de ensaio: Tiago Guedes, João Galante e Ana Borralho
Produção: Sofia Campos
Co-produção: RE.AL; Centre National de la Danse; Centre Georges Pompidou; Centro Cultural de Belém

João Fiadeiro pertence à geração de coreógrafos que emergiu no final da década de 80 que deu origem à Nova Dança Portuguesa. Em 1990 fundou a RE.AL que, para além da criação e difusão dos seus espectáculos e workshops acompanhou e representou artistas emergentes no âmbito da programação desenvolvida pelo Atelier Real, fundado em 2005.
Após uma pausa de 6 anos em que se dedicou exclusivamente ao processamento e sistematização do método de Composição em Tempo Real, cruzando a sua investigação com áreas científicas como a antropologia, a economia ou as ciências dos sistemas complexos, estreou em 2015 uma nova obra de grupo O que fazer daqui para trás, reiniciando assim uma actividade continuada enquanto coreógrafo e performer. Frequenta actualmente o doutoramento em Arte Contemporânea do Colégio das Artes da Universidade de Coimbra.